sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Quero ser ...


Acordei hoje pensando no que eu quero ser e no que tenho talento, habilidade, sei lá essas coisas. Eu sou comunicativo, tenho equilíbrio emocional e me interesso pelos sentimentos humanos.

- Filho, eu preciso falar com você!
- Tá mãe só um minuto.

Continuando, tenho autoconfiança e autocontrole. Aliado a isso possuo uma grande capacidade de análise, de comunicação, concentração e observação.

- Filho, vai demorar? Preciso da sua ajuda.
- Esperaaaaaaaaaaaaaa! Só mais um minuto.

Onde eu estava? Ah! Lembrei. Sou curioso, gosto de ajudar as pessoas, discreto e com bastante equilíbrio emocional. Tenho todas as qualidades elencadas naquele site de profissões. Eu posso ser psicólogo.

- Filhoooooooooooo! Eu preciso conversar com você. Vem aqui, agora!
- Poxa, mãe! Eu estou pensando na minha vida. Isso é muito importante. Não pode esperar?
- Filho, eu achei seu boletim. Isto me informa que você repetiu em matemática, física e química. Como você explica isso?
- Mãe, você tem de entender que o pensamento matemático não se encontra na minha lista de habilidades natas e nem eu tive tampouco possibilidade reais de desenvolvê-lo. Por outro lado, passei em português, retórica e educação física com notas altíssimas.
- Filho, se você não for bom em matemática você não consegue ser engenheiro.
- Mãe, eu estava pensando justamente nisso. Eu não quero mais ser engenheiro, agora eu quero ser psicólogo. Tenho todas as características desejáveis da profissão.
- Filho, todo psicólogo é maluco. E, também, existem poucos malucos com dinheiro para pagar uma consulta. Eles, os malucos, se tratam no hospital público. E o serviço público paga mal.
- Mãe, eu sou altruísta. Estudarei para me formar numa profissão na qual eu possa ajudar o povo. Pois, somente querendo o bem do próximo poderei ser feliz. Dinheiro não é importante. Importante é a felicidade que se pode promover nos nossos semelhantes.
- Tudo bem, filho. Você me convenceu.
- Mãe, você me ajuda a contar a notícia para o papai?
- Qual notícia filho? A que você não quer mais ser engenheiro e que quer ser psicólogo?
- Também, mãe. Quero contar essa e a que reprovei em matemática. Ajuda-me?
- Tudo bem, eu converso com ele para você.
- Te amo, mãe.

Pensando melhor, acho que eu devo investir na política. Já convenci a primeira pessoa.

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