quinta-feira, 6 de junho de 2013

Homens! Vinhos ou Quadros?

       Alguns esclarecimentos são necessários antes de embarcar nas minhas indagações. Não pretendo mencionar qualquer representante de nossa espécie do sexo masculino que eu tenha conhecido. Não se trata de um texto sobre os ‘ex’ ou aqueles que poderiam ter sido.

Esse texto incide sobre questões da minha adultice[1]. Sobre a dúvida que se instalou em meu coração em 1993 e, após vinte anos, encontra-se dissipada. Anne Rice lança o aclamado livro “Entrevista com Vampiro”. Amo, ainda, esse tema. Consegui-o emprestado. E tomada de uma fúria insana, li. Eu li o livro em oito horas.
Ler o livro não resolveu a loucura, só me deu combustível. Aliado aos rumores da venda dos direitos do livro para o cinema. Veio à vontade de saber quem interpretaria Lestat e Louis.
Nesse momento deve vir a vossa cabeça o questionamento sobre no que essa história de amor à literatura se relaciona com o título. A relação está com Brad Pitt e Tom Cruise. Eu era apaixonada pelo Tom Cruise e mal conseguia lembrar o nome do Brad Pitt. Eu amava o Tom Cruise. Mas, passaram-se os anos e Tom continua igualmente lindo. Tão lindo que parece um quadro pendurado em minha parede. Também, com esse filme, tomei conhecimento de  Brad Pitt. Não tinha visto atuações anteriores. Era a minha estreia com Brad Pitt. Brad era tal qual um quadro de Monet, lindo e para ser visto a distancia.
Nesses vinte anos, descasei, casei de novo e descasei novamente. Encontrei tesouros extremamente preciosos e vários amigos de incontável valor. A vida seguiu o fluxo. Assisti uma lista extensa de filmes. Vi todas as ‘missões impossíveis’ e ‘os homens e seus segredos’. Vi filmes com Tom e com Brad.
Hoje me pego olhando para o Tom como o quadro na parede. É bonito, mas não me acompanhou. Olho para o Brad e vejo a marca do tempo no canto dos olhos, na voz e no olhar. Brad envelheceu comigo. Brad é um vinho. Refleti sobre esses homens e conclui. Quero homens que me acompanhem tanto na tela como na vida.
(Escrito por Simone da Silva Figueiredo, 03 de maio de 2013)



[1] Expressão usada pela autora para definir uma fase da vida quando o indivíduo não é mas adolescente, mas, também, não é um adulto pleno. Uma fase transitória entre estas.

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